sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Entrevista e fotos ParkShopping

Oi Gente,
Encontrei essa entrevista e fotos da Roberta em Brasilia no Park Shopping no site "Finissímo". São lindas as fotos e a entrevista é muito legal!


Segue...

ROBERTA SÁ
De Isabela Capeto, cantora faz show no Park Shopping.

Com vestido rosa assinado por Isabela Capeto, Roberta Sá, uma das neodivas da música popular brasileira contemporânea, subiu ao palco na inauguração de nova ala do ParkShopping na terça-feira. Em seu repertório, o novo disco “Pra se ter alegria” outros sucessos de CDs anteriores, com sambas de Dorival Caymmi, Chico Buarque e Roque Ferreira.


A cantora é potiguar e participou de uma das edições do programa FAMA, da Rede Globo, onde conseguiu contato com seu preparador vocal Felipe Abreu, a quem ela afirma dever o sucesso. Depois, a cantora participou da trilha sonora de uma novela do Gilberto Braga, cantando ‘A vizinha do lado’, de Dorival Caymmi, e desde então não parou.

Em entrevista exclusiva ao Finíssimo ela revelou que também compõe, mas não como profissão, e que se inspira com qualquer movimento artístico.


Roberta Sá fez show de mais de uma hora na inauguração da nova ala do ParkShopping.

O que você mais gosta de ouvir?
Música brasileira de uma forma geral. Mas tenho fases. Agora, por exemplo, estou escutando muito o disco Labiata, do Lenine, que eu comprei assim que lançou e eu ouvi uma ou duas vezes e depois não tive tempo de ouvir. Agora peguei de novo pra ouvir e agora estou ouvindo todos os dias, é o único disco que eu estou ouvindo, é maravilhoso.

Você veio do extinto programa Fama. Em que sentindo ele ajudou sua carreira? Quais os pontos negativos que você enxerga nesses realities tipo Ídolos, Astros etc?
Pra mim o Fama foi muito bom. Lá eu conheci o Felipe Abreu, que é o meu preparador vocal até hoje. Eu não teria seguido a carreira de cantora sem ele. Só pra começar, isso já foi de extrema importância pra mim. O que está errado em relação ao Fama é a relação da expectativa do próprio público e da imprensa. O público pensa que quando o cantor sai dali ele já está com a carreira consolidada e não é bem assim, uma carreira se constrói durante uma vida inteira. O Fama foi um programa superbem sucedido e colocou muitas pessoas no mercado de trabalho. O Thiaguinho do Exaltassamba, por exemplo, está bombando de show. O meu repertório lá também foi muito bom, muito brasileiro: Paulinho da Viola, Antonio Carlos e Jocá, Noel Rosa, Tom Jobim e Vinicius de Moraes.


Você já esteve em Brasília antes. Qual é a sua relação com a cidade?
Vou voltar em breve, acho que aqui é uma cidade muito musical, que tem grandes nomes da MPB, embora seja tão jovem. Acho que o Hamilton de Holanda, que é daqui, é um dos maiores nomes da música brasileira. E aqui também tem o movimento do Clube do Choro que também é muito importante. Adoro a cidade, acho que tem muito a oferecer de lazer e come-se muito bem. Já fiz várias coisas aqui.

O vestido da cantora tem o design de Isabela Capeto.


"Gosto muito de moda brasileira, sou supernacionalista e levanto essa bandeira"

"Eu queria um vestido que se transformasse durante o show"


O figurino, feito pela Isabela Capeto, chamou muito a atenção de todo mundo. Como funcionou essa parceria?
Quando chamo alguém pra trabalhar comigo, quero o trabalho daquela pessoa, então influencio até certo ponto. Eu queria que o vestido tivesse a minha cara, mas teria que ter a cara dela também. Se chamei a Isabela é porque eu gosto do trabalho dela. O meu briefing em nossa reunião foi que eu queria um vestido que se transformasse durante o show, porque acho que o show tem essa característica: ele começa numa década da música popular brasileira e termina em outra. A Isabela é muito criativa, arrebentou, a gente tem uma afinidade muito grande, um gosto muito parecido. Visto Isabela Capeto desde a primeira capa do primeiro disco. A primeira foto profissional que tirei da minha vida foi dela, eu amo.


Você é muito ligada a outros nomes da moda?
Eu gosto de pessoas como a Isabela Capeto, que trabalham moda como uma expressão artística, que é o caso do Ronaldo Fraga, Reinaldo Lourenço, Gloria Coelho. Tem muita gente que faz isso muito bem no Brasil, como o Alexandre Herchcovitch. Eu acho que tem que ter muita gente boa no Brasil fazendo moda. Gosto muito de moda brasileira, sou supernacionalista e levanto essa bandeira. Gosto de quem faz moda com responsabilidade, como o Ronaldo Fraga, que tem aquela ligação com as bordadeiras.


Fora dos palcos, você sai tão produzida como está agora? Tem essa preocupação?
Não. O Rio de Janeiro é uma cidade em que você coloca um short, uma camiseta branca e um chinelo e vai da praia até o barzinho à noite porque faz muito calor. Eu me ligo, procuro, vejo revista de moda porque lá você consegue várias informações de arte. Tem uma que eu acho maravilhosa, editada pelo Bob Wolfeson chamada S/N (leia-se: Sem Número). É incrível, totalmente de arte, cultura brasileira e moda. Acho incrível quando a moda une várias artes. Agora, usar um short azul marinho só porque na revista está escrito que a tendência é usar short azul marinho, isso você nunca vai me ver fazendo.


Você se considera vaidosa?
Eu sou, mas acho que a minha vaidade está mais para a minha profissão. No dia-a-dia eu uso um creminho e um rímel e está tudo pronto. Até porque no Rio de Janeiro se você se arruma demais as pessoas começam a te olhar esquisito (risos). Nem dá.

No repertório: Dorival Caymmi, Chico Buarque e Roque Ferreira

Você também compõe? Não é um trabalho. Componho de vez em quando, mas não me considero uma compositora.


O que te inspira?
Tudo, cinema, as pessoas, o que elas dizem, pessoas inteligentes, música me inspira muito, poesia, qualquer forma de arte, uma boa exposição, uma comida. Todo tipo de arte.


Fonte: Finissímo

Texto: Thaís Gonçalves Cunha, do Finíssimo

Fotos: Pedro Marra

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