Encontrei essa entrevista e fotos da Roberta em Brasilia no Park Shopping no site "Finissímo". São lindas as fotos e a entrevista é muito legal!
De Isabela Capeto, cantora faz show no Park Shopping.
Música brasileira de uma forma geral. Mas tenho fases. Agora, por exemplo, estou escutando muito o disco Labiata, do Lenine, que eu comprei assim que lançou e eu ouvi uma ou duas vezes e depois não tive tempo de ouvir. Agora peguei de novo pra ouvir e agora estou ouvindo todos os dias, é o único disco que eu estou ouvindo, é maravilhoso.
O vestido da cantora tem o design de Isabela Capeto.
O figurino, feito pela Isabela Capeto, chamou muito a atenção de todo mundo. Como funcionou essa parceria? Quando chamo alguém pra trabalhar comigo, quero o trabalho daquela pessoa, então influencio até certo ponto. Eu queria que o vestido tivesse a minha cara, mas teria que ter a cara dela também. Se chamei a Isabela é porque eu gosto do trabalho dela. O meu briefing em nossa reunião foi que eu queria um vestido que se transformasse durante o show, porque acho que o show tem essa característica: ele começa numa década da música popular brasileira e termina em outra. A Isabela é muito criativa, arrebentou, a gente tem uma afinidade muito grande, um gosto muito parecido. Visto Isabela Capeto desde a primeira capa do primeiro disco. A primeira foto profissional que tirei da minha vida foi dela, eu amo.
Você é muito ligada a outros nomes da moda? Eu gosto de pessoas como a Isabela Capeto, que trabalham moda como uma expressão artística, que é o caso do Ronaldo Fraga, Reinaldo Lourenço, Gloria Coelho. Tem muita gente que faz isso muito bem no Brasil, como o Alexandre Herchcovitch. Eu acho que tem que ter muita gente boa no Brasil fazendo moda. Gosto muito de moda brasileira, sou supernacionalista e levanto essa bandeira. Gosto de quem faz moda com responsabilidade, como o Ronaldo Fraga, que tem aquela ligação com as bordadeiras.
Fora dos palcos, você sai tão produzida como está agora? Tem essa preocupação?Não. O Rio de Janeiro é uma cidade em que você coloca um short, uma camiseta branca e um chinelo e vai da praia até o barzinho à noite porque faz muito calor. Eu me ligo, procuro, vejo revista de moda porque lá você consegue várias informações de arte. Tem uma que eu acho maravilhosa, editada pelo Bob Wolfeson chamada S/N (leia-se: Sem Número). É incrível, totalmente de arte, cultura brasileira e moda. Acho incrível quando a moda une várias artes. Agora, usar um short azul marinho só porque na revista está escrito que a tendência é usar short azul marinho, isso você nunca vai me ver fazendo.
Você se considera vaidosa? Eu sou, mas acho que a minha vaidade está mais para a minha profissão. No dia-a-dia eu uso um creminho e um rímel e está tudo pronto. Até porque no Rio de Janeiro se você se arruma demais as pessoas começam a te olhar esquisito (risos). Nem dá.
No repertório: Dorival Caymmi, Chico Buarque e Roque Ferreira
Você também compõe? Não é um trabalho. Componho de vez em quando, mas não me considero uma compositora.
O que te inspira? Tudo, cinema, as pessoas, o que elas dizem, pessoas inteligentes, música me inspira muito, poesia, qualquer forma de arte, uma boa exposição, uma comida. Todo tipo de arte.
Fonte: Finissímo
Texto: Thaís Gonçalves Cunha, do Finíssimo
Fotos: Pedro Marra
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